sábado, 21 de janeiro de 2012

Tailândia dia 3. Pernoite no trem para Surat Thani

Depois dessa, jah estavamos até atrasados para nossa próxima saída. Pegamos nossas coisas e saímos com o grupo rumo em direção de um dos terminais ferroviários de Bangkok. Muito grandioso e bonito, como quase tudo por aqui, lotado, mas dessa vez com maioria de pessoas locais e com um altar amarelo e branco com uma foto gigantesca do rei (Assim como os váááários grandes pontos da cidade). Já mencionei isso antes, mas a devoção que esse povo tem pelo rei me impressiona. Esse homem realmente tem o controle de tudo e todos nas mãos. TODO lugar onde você vai, vc não escapa de ver seu rosto. Nas notas, nas casas, nas lojas, nas ruas, prédios e rodovias. Fotos de todos os tamanhos em diferentes poses possíveis. Altares, portais, estátuas, monumentos...Tudo homenagendo esse homem, com muito dourado e amarelo, que é a sua cor por conta do dia da semana que ele nasceu. Ele está bem velho, morando no hospital  agora, e os seus trabalhos estão sendo assumidos pelo príncipe e a princesa, a qual vc também cansa de ver o rosto pelas ruas, parecendo até eleição no Brasil.

Mas o que eu achei interessante, é que naquele terminal rodoviário, com centenas de pessoas indo e vindo (como se fosse uma Central do Brasil beeem melhorada) o relógio bate 18hs. O telão que exibia a novela agora tremula a bandeira da Tailândia, o hino ecoa pelos auto-falantes. E como se fosse num filme, ou num flash-mob, TODO MUNDO, centenas de pessoas param o que estão fazendo ou pra onde estão indo e de pé, olhando para a grande foto do rei, cantam um hino de louvor ao país e à familia real. Impressionante. Tipo que ninguém faz nada, todo mundo pára meeesmo. Inclusive a gente. O Tom me disse que se vc estiver assistindo um filme no cinema e der 18hs, o filme pára e o mesmo acontece...hihihihihih..e vc tem que se levantar. E o mais maneiro é quando acaba. Como se tudo estivesse pausado e alguém dá o play de novo..uahuahauhauh...bacana.













Depois de um tempinho deu a nossa hora e fomos embarcar no trem. Um négócio meio esquisito, meio apertado e velho que vc não entende direito a organização das coisas. Tipo uma poltrona de frente pra outra e talz. Mas beleza. Saímos do terminal ás 6:30 e pudemos apreciar um pouco mais da cidade pelo janelão do trem. Ver as casas pobres que passam raspando a 1cm do trem e ver a beleza dos templos iluminados de noite. Depois passa um senhorzinho oferecendo o cardapío de jantar. Mais ou menos duas horas depois, passa um homem rabugento, incrivelmente habilidoso e ágil, transformando to o trem num verdadeiro albergue. As poltronas de frente uma para as outras se abrem e viram uma cama, um bauzão em cima se abre e vira outra cama. Ele forra os colchões e travesseiros, coloca cortinas em ambas camas e parte para fazer a próxima. Nunca tinha visto isso. Então, todo mundo se deitou e puxou a cortininha. Comecei a escrever pro blog, mas o computador deu pau, fui jogar psp e a bateria acabou, meu livro eu deixei em Bangkok. Não restou mais nada. Renata já dormia enquanto eu fui no restaurante do trem, bebi uma água, conheci um grupo de mochileiros suecos bem maneiros, quando o sono bateu e eu dormi, e por incrível que pareça, que nem um bebê, muito confortavelmente sendo ninado pelo saculejar do trem.






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