Puts... Fiquei chocado com o maquinário da fazenda. Nunca tinha visto uma coisa dessas na minha vida, nem ao menos em citação nas aulas. A ordenhadeira tem capacidade para 50 vacas, é um carrossel literalmente. As vacas entram, o computador reconhece o chip, ela entra numa das 50 baias e vai rodando enquanto é ordenhada e depois que acaba, sai de ré. Muito engenhoso. Quando a vaca passa duas vezes o computador fala: “Cow sei lá, two times”, ela também avisa quando a vaca está vazia, quando é novilha, quando está grávida etc etc. Os tanques de leite são enormes e a tecnologia é espantosa. O tempo na maior parte é muito frio, algo entre o suportável e o frio chato, bem no limiar.
Só não sei como eles conseguem sobreviver daquele jeito. Eles acoplam a teteira sem lavar as tetas, ou seja, cheia de merda que vai pro leite. As vacas não tem um mínimo de seleção para tipo. As tetas são totalmente assimétricas, ás vezes supramamárias, tooodas erradas, dificultando bastante no serviço. Algumas tem tetos menores que de ovelha, alguns quartos são quase no tórax, etc, etc, etc. a Renata diz que viu até vaca com dois úberes. A Cleire é danada. Faz tudo, manda em tudo, sabe de tudo. A mulher é mais forte que eu. Mas é muito simpática e paciente, apesar de também não entender nada do que ela fala.
Depois de lá fomos dar colostro aos bezerros que nasceram no dia anterior. Estes não sabem mamar, portanto, tivemos que ensiná-los. Fomos para casa descansar por uma hora. Depois disso, foi o mais legal. Pegamos dois quadricículos, com gaiola atrás e nós três, junto com Paul, andamos por aquele imeeeenso piquete com trilhares de vacas, procurando bezerros recém-nascidos para pegar. Era de partir o coração, retirar aquele bezerro da mãe. Ela olhava com uma cara desesperada mas não podia fazer nada. Colocávamos na gaiola e ela vinha correndo muito atrás da gaiola, berrando muito também, desesperada. Fizemos três viagens até o bezerreiro. Depois disso, fomos descansar mais uma vez e voltamos para mais uma ordenha. Cheguei em casa exausto e consegui forças ainda para escrever isso.
O balanço do primeiro dia de trabalho eu diria que foi zero. Porque trabalhamos bastante e Paul via que estávamos empenhados, ele disse que gostou bastante de tudo, mas eu percebi que se irritava ás vezes, pq falava 50 vezes a mesma coisa, eu não entendi e quando is fazer, era o contrário do que ele falou..uahuahuahuahu.. Cheguei em casa cansado, mas com a sensação de dever cumprido. Todos os músculos do corpo doendo, mas aquela boa sensação de fim de corrida, quando vc liberou bastante ácido lático e fica satisfeito pelo exercício. Espero poder pegar bastante resistência com esse trabalho, ficar menos preguiçoso, mais forte e disposto. Dormir menos e assim ficar menos cansado. Parece antagônico, mas isso é verdade. O sono na medida certa e com exercício, te deixa menos cansado e sonolento durante o dia. Percebi isso na faculdade quando corria e dormia pouco. Me diverti bastante com o quadricículo além de sentir alto grau de satisfação por estar livre naqueles imensos campos, fazendo coisas legais de fazenda, sem limitações financeiras e com muita coisa nova pra mim. E esse foi meu primeiro dia de trabalho. Como já disse, não vou escrever tanto e nem com muito detalhes, pois senão eu não faria outra coisa. Portanto, não sei quando será meu próximo post. Valeu pessoal, fiquem despreocupados conosco pois até agora ta td sussa. Bjos pra todos.
OS: Desculpem os erros de português, mas é que eu saio escrevendo sem parar e ás vezes nem olho pra tela.
Na minha folga eu vou dar uma volta na fazenda com a máquina e tirar umas boas fotos pra por aki.
Aquecedor
Um integrante da minha nova familia: Yoham
Escala: 10 dias trabalhando e 4 de folga
Allan
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